domingo, 30 de setembro de 2012

Vazio

A última das rosas caiu no estreito caminho das pedras.
Sua queda foi seguida pelo choro,
Foi seguida pelo caminhar magoado dos meus passos.
Sem coragem para me manter de pé;
Sem coragem para sair do chão;
Sem coragem para levantar.


As badaladas do relógio anunciaram a meia noite.
O som belo dos sinos encantou a sala vazia;
E então, escutei o seu ultimo chamado.
Eu queria ter ido;
Eu queria ter visto;
Eu queria ter sentido;
Eu queria só mais uma vez, para a vida, um sentido.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Ontem.

Caminhando sobre as flores no chão lembrei-me do céu azul,
Mas como era noite, olhei a lua e senti saudades.
Ao amanhecer, com os raios do sol, lembrei-me da lua,
Mas como era dia, olhei para o céu e senti saudades.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Poema imperfeito.

Tentei durante muito tempo escrever um poema perfeito,
poema que conseguiria contarr o meu desejo;
porem, a cada estação o vento soprava e mudava meu jeito,
e assim sem conseguir perceber
estava eu a escrever
um poema imperfeito.

Depois eu vejo.

Vejo na noite fria a sentinela dos homens,
O herói dos guerreiros modernos
E o vingador dos sonhos.

Vejo no dia quente a tristeza dos desesperados,
A migalha dos vagabundos,
O desejo dos derrocados e os moribundos.

Vejo também a beleza das flores,
A simpatia feminina,
E a serenidade das cores.

Vejo o gosto, vejo a terra, vejo o rosto, vejo o mundo.
Vejo a vida, vejo a morte, vejo a duvida, vejo o norte.

Vejo o futuro, vejo o passado, vejo o fruto desvelado.
Vejo tudo... e as vezes esqueço de mim.